Não se dê o trabalho de estar
Onde te procuro,
Dirige minha busca
Ali onde desejas revelar-te
Não respondas apressadamente
Aos meus pedidos tão pequeninos
Surpreenda-os com tua bondade
Sem medida e sem ganância
Não me deixes satisfeito
Nas imagens em que te prendo
Abre-as ao conhecimento de ti
Que minha certeza não pode conter
Não percorras comigo os meus caminhos
Até a meta definida por mim
Mas desvia-me contigo
Pelas veredas do teu porvir
Não permitas que eu te encarcere
Em meu peito possessivo
Invade-me inteiro e com alegria infinita
No jogo incessante de tua vida
Não me leves em conta, Senhor,
Contempla meu ser inteiro,
Ouve minhas raízes mais profundas
E a ambígua clareza dos meus desejos
Escuta-me no Espírito
Que habita em mim
E me expressa dentro de Ti
Muito mais além daquilo que digo.
Benjamín González-Buelta, Salmos para sentir y gustar Internamente,
43-44
Nome Original: No me hagas caso
Tradução: Gabriel de S. Leitão
(29/Maio/2012)
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