Tela em acrílico: "Liberdade" (40 x 30) - autoria: Gabriel Leitão |
A pessoa, num movimento libertário proveniente do mais fundo de si, abre os braços para expressar e sentir o que está acima de si, ao seu redor e sob os próprios pés. Portanto, percebe-se à vontade para "sentir e saborear" o mundo e olhar, ao mesmo tempo, o horizonte e as casas (e talvez mais ainda, enxergar-se dentre as casas...).
Ao por-se acima da própria realidade material, - apesar de apoiado sobre uma rocha mais ou menos formatada, não apenas por ele, mas também pelos que o precederam nesse mesmo lugar, - o indivíduo, num ininterrupto processo de libertação, desvencilha-se de condicionamentos, mas não de todos. Ele está na rocha, mas não está sozinho, pois, carrega consigo um conjunto de valores, crenças e racionalidades que herdou de quem esteve ali antes dele, tal como como certa vez disse Isaac Newton: "Se vi mais longe foi por estar de pé sobre os ombros de gigantes".
Entretanto, nunca alcançamos a total compreensão de quem somos, nem da realidade na qual estamos inseridos. Nesse sentido, a liberdade parece estar na simplicidade e clareza com que se enxerga o mundo ao redor e, simultaneamente, na consciência de que ele não é exatamente o que se está vendo. Todavia, mesmo com as limitações próprias da condição humana, é preciso buscar essa tão sonhada liberdade. É necessário buscá-la e encontrá-la na vida, no mundo e, principalmente, dentro de nós.
Texto muito interessante para reflexão Gabriel. A imagem retratada na tela também está muito bonita e o representa bem. Parabéns!
ResponderExcluirValeu, Ju!!! Beijão.
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